29 de jun. de 2009

História de Vida




Competência em educação é mobilizar um conjunto de saberes para solucionar com eficácia uma série de situações”.

Philippe Perrenoud


Durante muitos anos vivemos amordaçados. Nossas Historias, experiências sempre foram ignoradas, na verdade éramos vistos como meros transmissores de conhecimento, porem não tínhamos identidade “não sabíamos” escolher, opinar, divertir e aceitávamos a imposição do “vizinho” que desconhecia plenamente o ambiente da sala de aula o qual o professor estava inserido.No processo do tempo, hoje compreendemos que muitas transformações estão acontecendo, o professor está reencontrando o verdadeiro sentido abrindo caminhos que favoreça a sua valorização enquanto profissional do ensino e principalmente enquanto ser que trás consigo historias e experiências dignas de ser ouvidas, narradas e contextualizadas com outros seres.Hoje o professor compreende que ele não é um simples poço perdido entre as rochas, mas um imenso oceano que trás no mais profundo de sua extensão mistérios, beleza, conhecimento, magia, reflexão, ação. Como afirma Tânia Ramos:


Reconhecer a dimensão humana da docência, incluindo as dificuldades do cotidiano escolar, é admitir a presença e aforça dos afetos na determinação da identidade do profes-sor e na sua atuação profissional.


Quando o ensino na sala de aula acontece de forma isolada, a escola sofre uma alteração gigantesca. Quando essa transparência no ensino permanece camuflada a escola como espaço coletivo funcionar de forma democrática, fica com a aparência de um peixe morto descamando e barbatanas quebradas incapaz de nadar e desvendar os mistérios mas profundo do oceano.Pensando nas complexidade desse contrabando do conhecimento entendemos que é preciso que todos os professores tenham um contato sistemático de partilha de troca. É preciso deixar que esse contrabando provoque reflexões produtivas e estimulantes, que sirva de paradigma para outras situações educacionais, profissionais que valorize ou inove essa sociedade educacional que ainda escondem sua ideologia, sua historia e oculta suas experiências.É possível que o professor se assuma sujeito desse processo, que tenha autonomia para narrar, para expor suas idéias. E possível que as escolas adotem uma postura entregadora no desenvolvimento destes sujeitos contribuindo para que esses momentos de socialização sejam realizados. É ainda possível que o espaço da escola se transforme em um palco ativado onde apresentem suas narrativas e evidencie a difícil e maravilhosa arte de suas experiências cotidianas reconhecendo-se como protagonistas da sua historia e da historia de todos que o cercam.Constatamos que os dois textos abordam uma ótica participativa do professor na construção de sua identidade, conseqüentemente os mesmos o defendem a historia de vida como acervo de conhecimento que podem e devem contribuir com a construção de outras historias na perspectiva da globalização do conhecimento.No decorrer de nossa leitura pudemos entender que nossas historias de vida não deve ficar guardadas em nossa memória, mas sem contextualizado, refletido e compartilhado.





REFÊRENCIAS


FORTUNA,Tânia Ramos. A dimensão humana da docência.Pátio,Porto Alegre,Artmed,ANO.XI nº42,p.8-11,mai/jun.2007.

LIMA,Eduardo e Marangon Cristiane. Os novos pensadores da educação. Nova Escola,São Paulo,Abril,Edição,154,p.18-25,agosto.2002.

"A Distância entre nós"

GELIT


Fiquei super envolvida pela obra de Thrity Umrigar, " A distância entre nós". O romance é apaixonante e retrata a vida e a cultura do povo indiano de forma complexa e exuberante. Os episódios dessa história na minha opinião é uma narrativa marcante, emocionante. O grupo de estudo literário (GELIT), foi muito proveitoso. Com a leitura e as discussões dos diferentes temas abordados no livro enriquecemos significativamente nossa identidade crítica e reflexiva. Também tivemos seminários, mesa redonda... O aprendizado foi ótimo. Eu, Euma, Ana Margarete, Delian, Eliana,Adair, Aleluia, apresentamos o seminário sobre preconceito social, com a seguinte programação:
19:00h Abertura;
19:20h Etimologia da palavra ;
19:40h Tipos de preconceito;
20:00h Brasil x Índia;
20:20h Sinésia x Escola Parque;
20:40h Hinduismo.
Finalizamos com a música Cidadão de Zé Ramalho.
Tá vendo aquele colégio moço
Eu também trabalhei lá
Lá eu quase me arrebento
Fiz a massa, pus cimento
Ajudei a rebocar
Minha filha inocente
Vem prá mim toda contente
"Pai vou me matricular"
Mas me diz um cidadão:
"Criança de pé no chão
Aqui não pode estudar"
Essa dor doeu mais forte
Por que é que eu deixei o norte
Eu me pus a me dizer
Lá a seca castigava
Mas o pouco que eu plantava
Tinha direito a comer...

27 de jun. de 2009

Relatório de pesquisa de campo


Universidade Federal da Bahia
Licenciatura em Pedagogia- Séries Iniciais
Projeto Irecê- Ciclo dois 2009.2
Cursistas- Simone Nunes, Edvânia José e Maria Delian
Professora- Maria Helena Bonilla



SOFTWARE LIVRE

Introdução



O presente relatório constitui uma tentativa de conhecer o movimento do software livre em Irecê na esfera pública e privada, assim como projetos e programas para uso de software livre descrevendo a identificação, as características e os objetivos de cada um, bem como sua articulação com outros projetos e políticas nos âmbitos estadual e federal.


A liberdade de usar um programa como o software livre nos proporciona a vivência em um espaço essencialmente colaborativo, por ser livre, ou seja, tendo o código aberto, podemos contribuir no processo de desenvolvimento. É gratificante saber que Irecê estar passando por um processo de avanço tecnológico visando á inclusão social e digital, porém sabemos que ainda há muito que fazer nas políticas de inclusão digital, democratizando e potencializando o acesso a todos.


Em busca de mais conhecimentos sobre o sofware livre, fomos ao Ponto de Cultura e conversamos com Rita Antunes e Ariston Eduão, os mesmos nos explicaram que conheceram o software livre no processo de formação da primeira turma dos alunos do curso de pedagogia da Universidade Federal da Bahia (UFBA), e hoje são adeptos do mesmo e trabalham no ponto de cultura e se sentem responsaveis pela dissiminação do slftware livre em Irecê e micro região. No ponto de cultura é usado o sistema operacional GNU/ Linux e as distribuições são: Ubuntu 8,04 e 8,10 e Ubuntu studio. O ponto de cultura é uma ação do governo federal e por ser pioneiro em nossa cidade desenvolve palestras, cursos, oficinas e dar assistências aos inforcentros e telecentros, além de oferecer formação técnica a jovens, que ao longo do processo de conhecimento se tornam monitores.

Em uma entrevista realizada com o senhor Carlos Ribeiro defensor do software livre e técnico da Empresa Baiana de Água e Saneamento, (embasa), descobrimos que o mesmo é conhecedor do software livre, porém notamos também que ele só observar as vantagens economicas que o programa pode gerar. Em sua entrevista Carlos Ribeiro afirma que conheceu o programa através de um curso promovido pela empresa e que sua migração se deu pelas possibilidades oferecidas pelo código aberto, que facilitou que a empresa pudesse adequar o sistema as necessidades da organização e por se gratuíto. Em dois anos já economizaram significativamente depois da instalação do mesmo. Ele ainda conclui que muitas empresas não aderiram ao software livre por medo de encarar o novo, pois os mesmos já estão acomodados com o software proprietário, mas que sua pespectiva é bastante positiva em relação ao progresso do programa, ele acredita que o software livre ainda vai dominar o mercado devido ao não pagamento de licença e pela vantagens econômicas que o programa é capaz de garantir aos cofres.


Segundo Rezende: Só tem a perder com o software livre quem consegue galgar posições monopolistas no modelo proprietário. O problema é que a ganância faz muitos acreditarem que serão os eleitos pelo deus mercado enquanto seguem correndo atrás de cenoura amarrada na ponta da vara que pende das suas carroças digitais não se importando com os efeitos colaterais de se tratar conhecimento como bem escasso, ao considerarem software como mercadoria.(2005,p.17).

Acreditamos que o software livre deva realmente dominar o mercado, mas não pelo simples fato de gerar econômia aos cofres e sim pelas inúmeras vantagens que o mesmo pode oferecer a toda sociedade inserida no mundo digital. Na verdade pensamos que estabelecer relações com o software livre seja uma maneira de quebrar as correntes que impede a partilha do conhecimento e dificulta a democratização do conhecimento.


Precisamos de pessoas conscientes de que o software livre pode nos abrir portas para diferentes caminhos tecnológicos. Em uma outra entrevista realizada na Escola Municipal Luíz Viana, tivemos conhecimento de que o Senhor Dino Estevão dos Santos é uma dessas pessoas que acreditam no software livre como uma possibilidade de construção de conhecimento coletivo. O infocentro dessa escola estar ligado a uma politíca pública do governo federal em parceria com o MEC, portanto todos os computadores chegaram com o programa operacional Linux educacional já instalado, a prefeitura de Irecê cedeu o espaço, os movéis e a mão de obra


O que queremos é que as boas idéias sejam utilizadas em benefício de todos, e que todos possam usufruir das idéias e das novidades da tecnologia e da ciência. (Cartilha 2005,p.21).


O Software Livre em nossa opinião é uma dessas boas idéias que devam ser utilizada para ajudar toda a população, principalmente dentro das escolas onde temos tantos seres em processo de construção de identidade e em busca de melhoria para sua vida. Enquanto educadores acreditamos que essas boas idéias devam chegar principalmente nas instituições de ensino para que alunos e professores possam realizar um processo de construção de conhecimento coletiva, onde todos ofereçam suas parcelas de contribuições.

A Escola Municipal José Franciso Nunes é hoje referência em inclusão digital. Nessa instituição alunos utilizam o programa de Software Livre. A escola conta com um centro inclusão digital com dez computadores que funciona na praça principal do povoado, implantado através do Ponto de Cultura e o tabulero digital.


Conclusão


"A estratégia não é obrigar a migração, mas dar condições para a migração tranquila”.
Marcos Mazoni



Diante do descobrimento das vantagens do Software Livre, percebemos que muitas pessoas ainda se recusam a fazerem a migração. Nossa expectativa é que a política pública sejam postas em prática e que as escolas e os bairros possam ser beneficiados e incluídos em um processo digital colaborativo. Pensamos que Irecê já deu um enorme passo, o Software Livre é uma realidade e as expectativas de multiplicação em todos os âmbitos são enormes, cremos ainda que tudo é uma questão de tempo e divulgação, embora a maior dificuldade seja a elaboração de projetos de implantação de Software Livre em empresas e algumas escola, já que as mesmas precisam de políticas públicas para se tornarem realidade.






REFERÊNCIA

(REZENDE apud CARTILHA...,2005,p.17)

CARTILHA DE SOFTWARE LIVRE, projetossoftwarelivre Bahia 2 edição abril de 2005.

Crônica em sala de aula

O trabalho com crônica foi muito legal, a professora Ruthildes nos explicou com detalhes a importância do trabalho com crônica na sala de aula. Escolhi a crônica "O porco" de Jô Soares, por ser uma crônica divertida, e resolvi trabalhar com ela na Escola Municipal São Pedro, os alunos gostaram muito e participaram da aula com comprometimento.O resultado foi maravilhoso, as reescritas das crônicas produzidas por eles ficaram super interessantes.

Os berros do presidente


Escola - Municipal São Pedro
Aluno - Anderson Teixeira dos Santos
Pró - Simone Nunes
Grupo - 10 b Reescrita da crônica


"O porco" de Jô Soares


O porco ele é muito porco, tem porco para comer e par guardar dinheiro, mas será que o presidente e os parlamentares gostam de chafurdar com o dinheiro do povo? Se eu fosse presidente eu nunca iria chafurdar, pois é lei não roubar dinheiro público. O presidente acha que só porque é presidente pode sair por ai gritando, falando mau das pesoas e ainda sair de limosine fazendo o que ele quer. Eu até que chafurdo, mas nós seres humanos devemos chafurdar na educação, no esporte e na cultura, jamais com a vida dos outros e com o dinheiro público, devemos ter espírito mas não de porco.

O presidente e todos que trabalham na política que me desculpe, mas chafurdar na lama, gritar e berrar é realmente coisa de quem tem espiríto de porco. Devemos chafurdar sim, mas não com a vida dos outros, nem com o dinheiro público, muito menos sair berrando como louco.

A feijoada da minha mãe


Escola Municipal São Pedro
Aluno Alesson de Sousa
Data 23-04-2009
Pró Simone


O presidente eos amigos dele de lá de Brasília pelo jeito que a professora leu o texto de Jô Soares gosta mesmo de chafurdar na lama igual aos porcos, onde já se viu um presidente gostar de se lamiar e ficar berrando. Ele deve deixar isso para nós que somos crianças e ficamos feliz quando brincamos na lama. Lugar de presidente, senadores e deputados é no trabalho melhorando a vida dos pobres.
Minha mãe gosta de fazer feijoada e buchada com carne de porco, o que eu mais gosto de comer do porco é as costelas e o pernil, mas eu tenho vontade mesmo é de comer um leitão assado igual a esses que passa no desenho do pica-pau ou nas novelas, bem que o presidente podia em vez de ficar berrando arrumar trabalho para os pobres, para eles comerem o que quiserem.

Reescrita da crônica "O porco" de Jô Soares

Escola Municipal São Pedro
Aluno Felipe Roberto de Jesus
Professora- Simone Nunes

Minha tia


A minha tia pensa que porco é igual a cachorro, pois ela coloca a porquinha na coleira e sai passeando pelas as ruas. Todos os dias, minha tia dar banho na porquinha, coloca talco, lacinho e depois coloca ela na caminha para dormir. Outro dia meus primos pegaram uma corda e amarraram no meu pé, depois amarraram no rabo da porquinha, bateram no seu bumbum e ela saiu correndo me puxando. Minha tia ficou com muita raiva e colocou meus primois de castigo.
Minha tia é muito legal. Seria bom se ela pudesse colocar coleira no presidente para ver se ele para de berrar e faz alguma coisa pelas crianças carentes que pede esmola na rua sem ter o que comer. Vou combinar com meus primos que quando a gente ficar grande a gente ir lá, até o presidente e os empregados dele amarrar a corda no pé e sair puxando até chegar no chiqueiro e enfiar a cara deles na lama, para eles saberem como é bom a vida dos porcos.

Plano de aula

Objetivos
* Proporcionar momentos de leitura
* Incentivar reescrita da crônica "O porco" de JÔ sOARES
* Discutir sobre a temática da crônica;
* Socializar a reescrita da crônica;

Conteúdos

* Leitura
*Incentivo a reescrita da crônica
* Socialização da reescrita, através de recital.

Desenvolvimento

Rotina

Primeiro momento destribuição da crônica "O porco" xerocopiada e roda de leitura silenciosa.
Segundo momento recital da crônica feita pela professora, seguida de discussões sobre a temática.
Terceiro momento incentivo a reescrita da crônica de acordo com a idéia de cada um sobre o que leram e ouviram.
Quarto momento socialização da reescrita em forma de recital.

Recursos

*Texto xerocado, lápis de cor, avental, fantoches, colher, panela, fita adesiva, piloto...

Avaliação

*Inicial- Levantamento dos conhecimentos prévios, quadro de meta cognição.
*Final- Reescrita da crônica

Instrumentos de avaliação

* Debate
* Registro dos alunos.

5 de jun. de 2009

EDUCAÇÃO AMBIENTAL





A atividade de Educação ambiental entre o local e o global foi um sucesso. O professor Marcelo Faria nos mostrou a evolução do mundo e as consequências dessas evoluções para o planeta. Gostei muito da atividade, a mesma só nos deixou antenados sobre as questões ambientais em nossa cidade e no mundo.