26 de nov. de 2010

Desenvolvendo habilidades

A escola deve incorporar cada vez mais o uso das tecnologias digitais para que os alunos e os educadores possam aprender a ler, escrever e expressar-se por meio delas.

José Armando Valente.

O projeto “Minha rua, meu bairro, minha gente” surgiu com o objetivo de confrontar os alunos com sua realidade, utilizando para isso os recursos tecnológicos. A proposta deste trabalho consiste em criar novos caminhos pedagógicos que facilite o acesso às parafernálias digitais, desperte o gosto pela arte fotográfica, e proporcione condições para que eles possam mostrar a realidade de sua rua, seu bairro e sua gente através da fotografia.

Foi um trabalho bastante prazeroso porque foi perceptível o envolvimento dos alunos. Cada aluno, cada grupo empenhou-se em arrumar as câmeras fotográficos e foram para as ruas tirar suas primeiras fotografias. Os trabalhos aconteceram em grupo, porque o foco do primeiro momento era tirar fotos das ruas e do bairro. Foi um trabalho que aconteceu em harmonia, solidificou a amizade da classe e contribuiu para que eles compreendessem a relevância de se trabalhar em equipe.

Depois de perceber o impacto que a atividade de fotografia tinha provocado nos alunos, resolvi promover uma palestra com um fotógrafo profissional para que ele pudesse falar um pouco sobre a arte da fotografia. A palestra aconteceu é foi extraordinária. O doutor Roger Lima explicou com muita objetividade e em uma linguagem totalmente compreensiva a historia da fotografia, o que levou ele a exercitar essa atividade, a trajetória da foto no Brasil, fez amostra da evolução das câmeras fotográficas através de slides, explicou os planos de capturar imagem (Close, plano fechado, plano aberto...), enfim.

Um outro passo importante que alicerçou o envolvimento dos alunos pelo projeto foi à amostra da exposição fotográfica que eles apreciaram. O nome da exposição era Fotossíntese do Serão, belas obras fotográficas que mostravam a cara do nosso sertão brasileiro. Os fotógrafos Roger Lima, Sandoval Dourado, Tales Wigino e Alex Franco Ribeiro retrataram com perfeição através da arte fotográfica as belezas do sertão, os alunos ficaram empolgados, o desejo de tirar fotografia foi ampliado significativamente depois que eles viram essa amostra de fotos. Entretanto, tudo isso só foi possível porque tivemos a colaboração de um anjo chamado Daniela Lopes que sentou para conhecer o projeto, que se preocupou em ajudar, abraçou o projeto e tornou possível que a palestra e a exposição acontecessem nas dependências da escola, já que o deslocamento dos alunos era algo inviável por conta do transporte. Foi ela que fez contato com Roger Lima e trouxe a exposição que estava em cartaz na Consultoria e Gestão de Pessoa (ATHUS). Daniela Lopes é orientadora da UNEB, dona da Consultoria e Gestão de Pessoas, um ser humano incrível que dispôs de seu tempo para garantir que os alunos da Escola Municipal Sinésia Caldeira Bela pudessem ter acesso a todas aquelas vivencias.

Depois desses eventos voltamos aos trabalhos, confeccionamos cartazes com as informações adquiridas e voltamos ao trabalho de campo para que os alunos fizessem as fotos de sua gente. Debatemos sobre essas fotos, analisamos contextos, fizemos painel de socialização... Foi um trabalho muito produtivo, reflexivo... Os alunos desenvolveram habilidades fotográficas incríveis.



7 de nov. de 2010

Os avanços da internet


O panorama traçado no texto "Cabeças digitais", mostra que a internet penetrou em quase todas as atividades humanas, e junto com ela veio muitas transformações sociais. O texto da ênfase também, no campo da educação, lembrando que a internet foi desenvolvida no seio da universidade.

Com a evolução e as transformações que a internet vem provocando, até a educação convencional entrou na dança. O texto “Cabeças digitais” evidencia uma pesquisa que esclarece a relação, os desafios e os conflitos dos professores do ensino fundamental e médio a usarem a internet tanto pessoal, quanto em suas atividades pedagógicas. Os resultados dessa pesquisa apresentada no texto mostra o discurso dos entrevistados em relação a utilização das tecnologias no campo profissional. Os depoimentos revelam duas realidades que vem incomodando profundamente os entrevistados: A invasão na hierarquia do saber e os novos comportamentos dos alunos.

O texto revela ainda, que o fato dos alunos, hoje, estarem muito bem informado tem se transformado em uma pressão, o que tem feito com que os professores entrevistados busquem se atualizar, conectar, ficar antenado não só para acompanhar o ritmo dos alunos, mas para se manter atualizado em relação a tecnologia. Com a disponibilidade das informações, a imagem do professor tem ficado abalada como “dono do saber”, cabeças digitais retrata a mudança na postura do professor e sinaliza a necessidade de mudar a dinâmica da sala de aula afirmando: Não dá mais para manter o modelo de aula de “Cuspe e giz”, conteudista, expositiva, pois os alunos se sentem especialmente motivados quando fazem uso do computador e da internet.

10 de jun. de 2010

Cibercultura na Educação

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Cibercultura
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8 de jun. de 2010

Educação e Cibercultura


Nesse sentido, o que as novas tecnologias podem fazer é, não exatamente instaurar uma novidade radical, mas forçar a utilização dessas novas dinâmicas. Hoje, em nossa salas de aula, os processos virtualizantes ficam dependentes da maior ou menor competência do professor.
André Lemos.
O curso Educação e Cibercultura, orientado pela professora Maristela Midlej, nos fizeram refletir bastante sobre a relevância da cibercultura nos diferentes contextos sociais. Durante o curso visualizamos inúmeras possibilidades que as tecnologias podem nos oferecer. O curso enfatizou muitas coisas, na verdade o curso Educação e Cibercultura abriu as portas de inúmeras discussões, e sugestões, que nos fizeram enxergar a importância do uso das tecnologias em nossas vida, e, na sala de aula.

Os textos disponíveis para leitura intensificaram a nossa compreensão sobre os benefícios dessas parafernálias digitais, portanto, evidenciaram as oportunidades satisfatórias que elas oferecem que vai desde a possibilidade de criação, transformação, socialização, colaboração... Educação e Cibercultura nos conectou em um mundo de imagens, sons, vídeos, links, bloger, hipertextos, conceitos teóricos, filosóficos... Diante tudo isso, ficou nítido a evolução do mundo, todavia, nos convidou a acompanhar essa evolução, a fazer nossa inserção nesse mundo contemporâneo, versátil e tecnológico.

30 de mai. de 2010

Os sabores da vida


Meu dia começou com uma manhã fresca. Na Rua Jota, a criançada brincava de gude, as mães varriam suas calçadas. O cenário era o mesmo, porém, algo estranho acontecia diante dos meus olhos. As cenas corriqueiras, de repente ganharam um novo sabor, um significado especial. Enxerguei a rua com outros olhos, parecia um parque de diversões, onde todos concretizavam seus desejos. Senti um sabor inusitado em cada cena observada.

Contemplei o céu, coisa que não fazia há muito tempo, ele, também estava mudado. As nuvens branquinhas pareciam bolas de sorvete de coco. A calda adocicada, era azul celeste, a mesma reacendia a beleza do momento e, intensificava o meu incontrolável desejo de saboreá-lo, não resisti, degustei aquela delícia de coco, pacientemente.

Ao contrário da manhã, a tarde estava escaldante, azeda. Observei o céu e, notei que as nuvens tinham desaparecido, o que restava era a calda azul, derretida. O sol estava quente, trêmulo. Observei que as pessoas andavam apressadas, algumas tinham uma leveza no olhar, outras, porém, pareciam nervosas, estressadas. Entretanto, não me recusei a experimentar. Degustei a tarde. Bebi um suco quente e, azedo. Mas, Graças a Deus a degustação foi coletiva, as minhas amigas também puderam sentir o gosto quente, insípido, venenoso, daquela tarde brutal. Juntas, experimentamos o sabor da ignorância, da prepotência de uma rainha em decadência no seu castelo fétido, azedo e mofado.

É impossível fazer um controle alimentar diante das extravagâncias gastronômicas. Não sabemos identificar o que sentimos quando nos damos a honra de sentir, saborear. Porém, estamos condenados a viver experimentando os sabores da vida. Naquela tarde desumana, percebi que estávamos com um desejo incontrolável de devorar canibalmente aquela criatura truculenta.



A importância da leitura



Eu não tenho o hábito da leitura, eu tenho a paixão da leitura.O livro sempre foi para mim uma fonte de encantamento.
Ariano Suassuna
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Quando alguém se dedica ao fantástico mundo da leitura, está se dando ao prazer de desbravar os quatros cantos do universo. Para mim, Ler implica uma série de vantagens. Quando nos entregamos ao delicioso mundo da leitura, estamos nos dando a honra de protagonizar histórias, conhecer novos mundos, conectarmos a novas realidades.
A leitura nos faz pisar em terra firme, em nuvens de algodão, aterrissamos em aeroportos desconhecidos. Nossas ideias adquirem características sólidas, nos tornamos seres criativos, voamos. Garantimos o progresso do próximo passo. A leitura para me é importante, porque me possibilita enxergar as informações do mundo.
O fundamental desses atos de leitura são os descobrimentos, as novas ideias que vão surgindo, o prazer que sentimos a cada história desvendada... Diante dos livros assumimos vários papéis, nos apaixonamos constantemente. Isso gera um benefício imensurável na vida de qualquer pessoa. Ao experimentarmos o hábito da leitura somos completamente hipnotizados, parece que, por mais que tentamos nos desprender, mas somos desafiados a continuar, principalmente quando o enredo da história é provocante e cheio de mistérios. A paixão pela leitura em minha vida aconteceu de maneira imperceptível e, quando eu não podia ler algumas histórias sentia um profundo desassossego.
É preciso que todos entendam a relevância da formação de leitores, mais do que isso, é necessário que todos reconheçam que, como leitores assíduos, podemos gerenciar, votar, tomar as rédeas de suas vidas. Como educadores, necessitamos urgentemente reduplicar as ações que possibilitem que os alunos desenvolvam o gosto pelos livros. Para mim, ler é enxergar a vida, conhecer diversidades, pluralidades, singularidades... A leitura é chave de acesso aos mais inusitados contextos.

Os pareceres do diário



Infelizmente, não dá nem para explicar como me sinto diante dos pareceres, os sentimentos oscilam bastante. O coração bate a uma velocidade máxima, as pernas trêmulas perdem a coordenação, a boca fica seca, as mãos gelam. O que sei é que os pareceres na minha ótica são verdadeiras provocações, pois é o momento que alguém nos faz refletir sobre tudo que escrevemos. Para mim, os pareceres do processo e do produto são belos convites de superação que nos desafiam a fazer o registro de uma escrita autoral e reflexiva. Por Deus! Cada parecer que recebo me faz travar uma deliciosa batalha comigo mesma em busca de respostas para as perguntas inquietantes.


Os pareceres que recebo transformam-se em munição. As mesmas são guardadas com muito cuidado, isso significa que serão usadas como armas poderosíssimas nas construções dos próximos diários. Segundo Mariana Fonseca (2007, p. 29), “Por meio da escrita, o sujeito torna-se capaz de produzir algo novo, ainda não dito”. Os pareceres me possibilitam a construção dessa escrita inusitada, reflexiva, nova... Eles são verdadeiras armas na luta por uma escrita menos sangrenta, cheia de lacunas, erros ortográficos, problemas gramaticais, concordância... Só não vence a batalha quem realmente tem medo de desafiar a si mesmo.


Gosto de sofrer transformações. Fico fascinada com os processos de aprendizagens aos quais somos submetidas. Lido muito bem com tudo que favorece o meu crescimento. As criticas sempre foram degrau de superação na minha vida, sejam elas boas ou ruins. As informações contidas nos pareceres dos diários recebidos durante esses três ciclos nunca foram montanhas intransponíveis, acredito que a forma que olhamos para as montanhas é que as deixam inacessíveis. Os pareceres de diário que recebi, desde o primeiro ciclo foram de excelente ajuda, em nenhum momento fui refém do medo, do descaso, da intolerância.




Referência:

GOMES, Mariana Fonseca de Mendonça. Presença pedagógica, v. 13 n. 78 nov/dez 2007.