A dúvida foi minha primeira reação ao receber o convite para trabalhar na escola das estrelas, na verdade eu tive medo do novo, do que me reservava o destino. Estava vivendo momentos de conflitos profissionais, necessitava urgentemente conhecer outras galáxias, foi então que num gesto de bravura resolvi aceita o desafio.
O dia estava frio, o céu esfumaçava, as nuvens desfilavam como um pincel sobre uma tela ilustrando seus desenhos. Havia um clima de magia, era como se os anjos estivessem todos acordados impulsionando minhas ações. Embora o tempo estivesse gelado, meu coração estava quente, borbulhando de ansiedade. Lembro-me nitidamente quando cheguei à escola. Minhas pernas estremeceram, minhas mãos gelaram, meus olhos mudaram de cor. Movi meus passos silenciosamente e ao adentrar na escola das estrelas me senti parte daquele universo desconhecido.
Parece que o céu está constantemente presente nas dependências dessa instituição. Minha ótica do telhado é sempre a vastidão do céu azul, esplêndido cheio de encanto e de mistério. Há sempre um colorido nas paredes, um sino singelo anunciando as canções, querubins cantando, estrelas brilhando, anjos dançando. Uma sinfonia perfeita. As estrelas se olham, se apaixonam, confraternizam-se, entrelaçam as mãos, oram, rezam, não importa a religião.
Na escola das estrelas não temos deuses, dono da verdade, senhor absoluto de nada, cada órgão, cada partícula do individual favorece o funcionamento do todo. Os anjos estão sempre agitados, rompe as manhãs confidenciam suas histórias. Alguns são aventureiros leva tudo na brincadeira, outros são sensatos se dedicam com a obstinação dos sacerdotes, temos anjos românticos, solitários, carentes, solidários... Cada um com sua singularidade, mas todos aprendizes.
Mesmo quando surgem as tempestades tudo sempre acaba bem,Nessa escola de estrelas todos são celebridades. Gosto de fazer parte desse universo, mas sou loucamente apaixonada pela escola das comandantes. As duas são muito diferentes. Uma apetece, outra provoca fastio, uma reverencia as estrelas, outra espera sentada o naufrágio do barco. Ficou confuso? É simples! Amor não se explica. Não posso soletrar o que sente minha alma, pois, são muitas as sensações. Só tenho uma convicção, renegar a quem amamos é como arrancar a golpes violentos de faca o coração.
A roda do sucesso gira na escola das estrelas, porque todos estão sempre dispostos a cooperar. As estrelas que compõe esse céu possuem luz própria, não necessita de brilho dos vizinhos para sentirem-se iluminadas. Flexíveis, observadoras, versátil, verídicas... Transbordam raios iluminados, desempenham suas funções com comprometimento, são donas de seus caminhos, pois sabem que são através deles que anjos passeiam.
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