8 de dez. de 2009

Um mergulho no ciclo três

Produção livre

Mergulhamos no terceiro ciclo como quem mergulha no mar pela primeira vez. Receosas, amedrontadas, vulneráveis... Vivemos uma temporada de muitos fatos, conhecimentos, histórias. Conhecemos professoras abnegadas, guardiãs... Aprendemos a retirar as pedras do caminho, a reivindicar nossos direitos, ultrapassar nossos limites. Nesse ciclo fomos arrebatadas com a voracidade e a sagacidade de muitos.

Houve momentos em que as palavras desapareciam e não sabíamos soletrar uma única que não fosse inclusão digital. Nosso foco era a perfectibilidade do conhecimento sobre inclusão. Fomos desafiadas. Gritamos em silêncio. Pensamos em desistir. Mas como diz Ivete Sangalo na canção “Quando a chuva passar”, “Fugir agora não resolve nada”. Foi com esse pensamento guerreiro que começamos a desbravar o blog, a lista de discussão, o moodle, o fórum, a revista A Rede, o projeto de inclusão. Aderimos à batalha em prol do conhecimento, do sucesso, da nossa valorização enquanto cursistas e professoras. Hoje, nossa ótica é que não era o declínio da atividade que facilitaria a nossa compreensão, mas sim a nossa compreensão e compromisso com a atividade que nos possibilitaria o conhecimento em contexto.

Nesse ciclo fomos tomadas por um fastio absurdo. Algumas coisas não apeteciam nossas vontades, nossas curiosidades. As rosas plantadas nos ciclos anteriores não tinham mais vivacidade, os raios cálidos do sol fizeram com que elas perdessem a magnitude, a beleza. O cheiro exalado de suas pétalas não mais inspirava paixões, encantamento. O ápice do ciclo foram os encontros de orientação, o gelit, geac, cine contexto... Nesses sim escalamos montanhas, viajamos para lugares inusitados, protagonizamos histórias, brincamos, sorrimos, passamos horas planejando, tirando dúvidas, ficamos apavoradas com algumas tempestades.

Segundo Ivete, “Quando a chuva passar, quando o tempo abrir, abra a janela e veja eu sou o sol, eu sou céu e mar, eu sou seu e fim, e o meu amor é imensidão”. É difícil falar da imensidão das coisas, dos fatos que fazem com que percamos o controle das nossas emoções. Essa canção esquartejou nossos sentimentos, nos fez refletir sobre o ciclo, nos tirou de órbita. A música nos fez compreender que os fenômenos da natureza e os ciclos da Universidade Federal da Bahia são muito parecidos. Na verdade eles são insubmissos, insubstituíveis, inegáveis.

O percurso pelo Ciclo Três nos fortaleceu. Aprendemos a abrir as janelas, compreendemos que o sol só vai nos aquecer se ficarmos expostas a seus raios quentes; que o mar, por mais extenso e furioso que esteja, não perde a beleza nem mesmo quando as ondas ferozes batem nas rochas ou no convés de uma embarcação. Nesse ciclo algumas palavras ficaram engasgadas. As lágrimas rolaram pelas nossas faces quentes e cada gota desenhava nosso semblante preocupado, estressado. Hoje, temos plena certeza que essa batalha insana, essa busca desenfreada pelo conhecimento é tudo que não queremos, mas é tudo que precisamos para continuarmos vivas.

No Ciclo Três mais uma vez fomos tatuadas. Os filmes, as palestras, as atividades nos deixaram marcas imensuráveis. Os desenhos ainda estão tímidos, camuflados, escondidos na pele inchada, machucada. Temos absoluta certeza que daqui a alguns dias, meses ou anos esqueceremos as dores, as dificuldades, as renúncias. Quando este dia felizmente nos abraçar, mostraremos a todos a obra de arte finalizada. Por fim, possibilitaremos que todos sejam capazes de entender as imagens tatuadas nesse tempo e nesse espaço transitado por nós nessa caminhada.

É impossível descrever tudo o que representou o Ciclo Três em nossas vidas, a eficácia do seu desenvolvimento em nossa formação. A Cada ciclo nos comportamos como vampiras. Sugamos tudo que está ao nosso alcance com uma sede incontrolável. Ainda não sabemos ao certo quais são nossas paixões, nossos amantes do mundo universitário, o que temos plena certeza é de que vamos continuar buscando as imensidões dos conhecimentos contemporâneos, teóricos, globalizados. Enfim, é em nome dessa ideologia de um país politizado, atuante e bem informado que gritamos: Que venha o Ciclo Quatro. Estamos de braços abertos, prontas para protagonizar os próximos espetáculos em nome desse conhecimento mutante e voraz. Porque, como diz Ivete: “A nossa história não termina agora”.

28 de nov. de 2009

Escola das estrelas


A dúvida foi minha primeira reação ao receber o convite para trabalhar na escola das estrelas, na verdade eu tive medo do novo, do que me reservava o destino. Estava vivendo momentos de conflitos profissionais, necessitava urgentemente conhecer outras galáxias, foi então que num gesto de bravura resolvi aceita o desafio.

O dia estava frio, o céu esfumaçava, as nuvens desfilavam como um pincel sobre uma tela ilustrando seus desenhos. Havia um clima de magia, era como se os anjos estivessem todos acordados impulsionando minhas ações. Embora o tempo estivesse gelado, meu coração estava quente, borbulhando de ansiedade. Lembro-me nitidamente quando cheguei à escola. Minhas pernas estremeceram, minhas mãos gelaram, meus olhos mudaram de cor. Movi meus passos silenciosamente e ao adentrar na escola das estrelas me senti parte daquele universo desconhecido.

Parece que o céu está constantemente presente nas dependências dessa instituição. Minha ótica do telhado é sempre a vastidão do céu azul, esplêndido cheio de encanto e de mistério. Há sempre um colorido nas paredes, um sino singelo anunciando as canções, querubins cantando, estrelas brilhando, anjos dançando. Uma sinfonia perfeita. As estrelas se olham, se apaixonam, confraternizam-se, entrelaçam as mãos, oram, rezam, não importa a religião.

Na escola das estrelas não temos deuses, dono da verdade, senhor absoluto de nada, cada órgão, cada partícula do individual favorece o funcionamento do todo. Os anjos estão sempre agitados, rompe as manhãs confidenciam suas histórias. Alguns são aventureiros leva tudo na brincadeira, outros são sensatos se dedicam com a obstinação dos sacerdotes, temos anjos românticos, solitários, carentes, solidários... Cada um com sua singularidade, mas todos aprendizes.

Mesmo quando surgem as tempestades tudo sempre acaba bem,Nessa escola de estrelas todos são celebridades. Gosto de fazer parte desse universo, mas sou loucamente apaixonada pela escola das comandantes. As duas são muito diferentes. Uma apetece, outra provoca fastio, uma reverencia as estrelas, outra espera sentada o naufrágio do barco. Ficou confuso? É simples! Amor não se explica. Não posso soletrar o que sente minha alma, pois, são muitas as sensações. Só tenho uma convicção, renegar a quem amamos é como arrancar a golpes violentos de faca o coração.

A roda do sucesso gira na escola das estrelas, porque todos estão sempre dispostos a cooperar. As estrelas que compõe esse céu possuem luz própria, não necessita de brilho dos vizinhos para sentirem-se iluminadas. Flexíveis, observadoras, versátil, verídicas... Transbordam raios iluminados, desempenham suas funções com comprometimento, são donas de seus caminhos, pois sabem que são através deles que anjos passeiam.

27 de nov. de 2009

Inclusão Digital

O tema da inclusão digital ultimamente está sendo bastante discutido na sociedade a qual estamos inseridos, não está somente dentre as linhas de ações propostas pelas instituições educativas, mas também vai ao encontro de diversas ações dos governos federal e estadual e municipal, criando políticas públicas que visa desmistificar a cultura digital. Portanto, a inclusão digital é como uma prioridade dentro da política pública do país, pois a alfabetização digital vai depender também da ação do Estado. Assim, estamos tratando o acesso à informação de um fator-chave na luta contra a pobreza, a ignorância e a exclusão social do nosso país, que é a inclusão digital. Segundo (SILVEIRA, 2005). “Uma definição mínima de inclusão digital passa pelo ingresso ao computador e aos conhecimentos básicos para utilizá-lo”.

Através do GEAC Inclusão Digital, elaboramos um projeto que visa oferecer o acesso a rede de informação e comunicação a uma comunidade carente desse tipo de cultura. Entretanto, sabemos que incluir digitalmente, não é apenas ensiná-los a usar o computador, mas melhorar as condições de vida de uma determinada comunidade. Através da democratização do acesso e com ajuda da tecnologia disponível buscam-se a integração entre educação, tecnologia e cidadania, visando a transformação social. Veja mais no Projeto Paraíso Digital.

24 de out. de 2009

A escola das borboletas


Faz tempo que essa escola sofre maus tratos, abandono. Antes de conhecê-la tinha plena convicção que as pessoa que compõe aquela família eram tristes, melancólicas. Imaginava que por traz daquele muro alto, solitário daquela estrutura de concretos, areia e cimento estava um ambiente tétrico, terrificante, gelado, sem vida, sem respiração, asmático...

Um dia resolvi exorcizar os fantasmas do ilusionismo. Entrei nas dependências e conheci a realidade de perto. A escola das borboletas é super diversificada, os cômodos não são tétricos, mas o pouco ar que circula no ambiente nos deixa com o nariz repleto de coriza, com os olhos avermelhados devido à falta de ventilação. Os momentos em que estou presente na escola não me deixam apenas deslumbrada, nem totalmente indignada, sou invadida por inúmeras sensações que penetram avassaladoramente minhas concepções.

Meus olhos parecem uma luneta giratória. Esmiúço, esquartejo todos os espaços, sou uma qualificada detetive de Hollywood. Embora o bosque não seja tão encantado tenho o privilegio de conviver com muitas borboletas cuidadosas, algumas ainda permanecem no casulo com medo de voar, outras são ousadas, malandras, rebeldes, nervosas. As borboletas verdes borrifam suas flores constantemente, a ela não interessa se elas sejam cobertas de espinhos ou se suas pétalas são macias ou ríspidas. Pessimistas as borboletas pretas são cíclicas uma vez ou outra estão sempre com os mesmos discurso sobre seus jardins.

Colossal a borboleta lilás cuida de suas rosas de forma solícita, para ela seu jardim é um espaço trifásico. Ainda tem as borboletas alaranjadas como o pôr do sol que gostam de tripudiar sobre os vegetais, animais, sobre as flores, o beija-flor. Seu sentimento de superioridade é digno dos piores dos sentimentos. O bom mesmo, o trivial de tudo é contemplar a beleza das flores, das rosas, as gramas brotando com uma extensão de vida inigualável. Algumas flores vivem tristes, algumas rosas já não exalavam seus perfumes agrestes e seus espinhos espetam quem chega perto. Tenho a impressão que algumas borboletas não mais sobrevoam seus jardins nem pousa em suas flores. Alguns jardins não são mais felpudos, as borboletas responsáveis pela divulgação de sua magia não mais borrifava gotas de orvalhos em suas pétalas.

As estações em que a borboletas se reúnem para falarem das belezas e devastações de seus jardins são sempre muito sem graça, cada uma expressa sua liberdade de opinião , mas nenhuma é levada a sério pela a borboleta rainha que reina absoluta e intocável. Tem borboletas que fazem vôos espetaculares para mostrarem seus objetivos, suas dúvidas, seus problemas, nesse momento todas voam para ajudá-la mais nenhuma é capaz de compreende e solucionar seus problemas, porque no fundo estão todas centralizadas nas suas próprias asas e no embelezamento de seus jardins.


Cidades Invisíveis


Cidades invisíveis de Italo Calvino é uma obra muito envolvente e nos faz refletir sobre várias situações. As cidades são apresentadas com minúncias de riquezas. Cada capítulo, cada linha, cada página é uma surpresa maravilhosa. A leitura desse livro nos chamou a atenção para algumas questões das escolas e tem nos ajudado a compor os textos sobre as escolas invisíveis da rede municipal de Irecê.

Grupo de Estudo Lierário






Eu não tenho o hábito da leitura, eu tenho a paixão da leitura. O livro sempre foi para mim uma fonte de encantamento.
Ariano Suassuna.

O livro é imprescindível na vida do homem. Quando alguém se dedica ao fantástico mundo da leitura, está se dando ao prazer de desbravar o universo. Ler implica uma série de vantagens, testemunhar histórias, ser protagonistas de algumas, vilã em outras, mas em todas descobrir algum sentido, acrescentar vivências, desejos, emoções... A leitura é um palco de descobertas, uma forma de renovação. Segundo Paulo Freire (2006, p. 86), "Uma das qualidades mais importantes do homem novo e da mulher nova é a certeza que têm de que não pode parar de caminhar e a certeza de que o novo fica velho se não se renovar". É com essa certeza que mantenho uma relação intima com os livros, através deles conheço belas cidades, pessoas, etc.

O curso de pedagógia da Universidade Federal da Bahia (UFBA), tem nos oferecidos inúmeros desbravamentos, cada ciclo nos deixam cara a cara com lindas histórias, foi assim com A menina que roubava livros, A distância entre nós e agora com Odisséia e Cidades invisíveis. Mas o fato é que os preguiçosos não lêem um simples artigo, enquanto os amantes insaciáveis da literatura ficam com o coração dilacerado todas as vezes que um livro é covardemente tirado de suas mãos. A separação chega a ser um massacre. Os olhos ficam embriagados de lágrimas, o cérebro fica esclerosado, as mãos gelam, as pernas perdem a coordenação, a boca fica seca e os ouvidos perdem a sensibilidade, enfim tudo perde a beleza, o encanto, a fascinação.

Referências
FREIRE. Paulo. A importância do ato de ler: Em três artigos que se completam. 48 ed. São Paulo, cortez, 2006.

18 de out. de 2009

A escola é um lugar ruim?


O GEAC tensões na escola é extraordinário, os textos descutidos são fabulosos e nos provoca constantimente, o texto de Gabriel Perissé "Mas o que é a escola" transformou nossos pensamentos em um terremoto. Enquanto educadora vejo a escola como um espaço de descobertas, um espaço que nos possibilita troca de conhecimentos... Porém ao longo dos anos a escola vem perdendo a solidez e o caráter educativo, está cada vez mais difícil continuar casado com a educação.
Mas o que será que acontece hoje com a educação no nosso país? Porque tantos professores deprimidos? Porque tantos professores estão procurando se inserir em outros contextos para fugir da sala de aula? Qual o papel que cada um de nós enquanto sociedade podemos desempenhar dentro das escolas? Várias demandas tem contribuido para a migração da escola do seu local encantado, para o endereço da desordem, uma delas é a falta de compromisso dos governantes que tem transformado a escola em um depósito de empregos políticos com ênfase partidária.
Infelizmente não dar para mentir, criar utópias, a realidade é nua e crua, a escola estar doente, se demorarmos muito a encontrar a cura para seus male, o que veremos nos próximos anos é o seu corpo em estado de decomposição. O que nos resta enquanto educadores é continuar brigando pela melhoria da educação, rezar para que os governantes compreenda e assegure que o espaço escolar seja um ambiente acolhedor e com educação de qualidade para todos.

3 de out. de 2009

Exclusão digital: Um problema tecnológico ou social?


O problema da exclusão digital se apresenta como um dos maiores desafios deste início de século, como implicações diretas e indiretas sobre os mais variados aspectos da moderna sociedade, a sociedade do conhecimento.

Elisabeth Gomes.
Enquanto faltar boa vontade política no Brasil, o problema de exclusão digital não será apenas uma questão tecnológica, mas sim uma questão social. De fato são muitas as dificuldades enfrentadas pela população carente, sabemos que metade dos problemas em relação a exclusão só serão resolvidos em nosso país quando as políticas públicas forem viabilizadas. Sabemos que muitas ações estão sendo realizadas, porém penso que ainda estamos longe de acabar de uma vez por todas com esse extenso panorama de exclusão digital.

É fato, a era digital possibilita que o sujeito caminhe em diferentes contextos, na verdade são muitas as diversidades desse mundo digital, mas enquanto esse benefício não for destinado para todos o que teremos é uma nação excluida. Penso que temos muito a fazer para que o sonho da inclusão aconteça, precisamos impulsionar as ações políticas e criar projetos que verdadeiramente empurrem as ações para a inclusão de todos nesse processo digital. Só iremos construir um país com ênfase na igualdade e na inclusão, quando deletarmos de vez os problemas sociais no nosso Brasil.

28 de set. de 2009

Cidade Digital

Em todas as acepções do termo, fica evidente que por Cidade Digital não podemos pensar em um espaço abstrato na internet. Devemos compreendê-la como uma nova dimensão do urbano, e não como uma "outra cidade", como um espaço "Virtual" ou como uma "cidade na internet".
André Lemos.
Pelo panorama das explicações e das informações passadas pelos professores Sule Sampaio e Ariston , no GEAC de inclusão digital ficou claro a importância da implantação de uma cidade digital nos quatro cantos do universo. Durante as falas podemos observar a extensão do assunto e os inúmeros benefícios que essas cidades podem proporcionar a população de diferentes níveis sociais.
Durante a aula, podemos perceber que a sociedade beneficiada com essa nova estrutura digital terá o privilégio de conhecer as informações e os planos de governo de seus representantes politícos, além de ser uma forma de está conectados a todas as novidades em relação a cidade, seja na área educacional, segurança pública, saúde...
Penso que a implantação de cidade digital irá favorecer a toda população na pespectiva de transformação, pois a mesma irá possibilitar que a sociedade participe dos processos de melhoria de suas cidades.

24 de set. de 2009

Internet no Brasil


Reconhecer a dimensão tecnologica é admitir que a mesma ao longo dos anos tem ganhado força no Brasil e no mundo, contudo ainda há uma pequena quantidade de pessoas acessando a internet no Brasil. Acreditamos que só iremos exorcizar os fantasmas da exclusão digital quando unirmos forças e estabelecermos parcerias organizadas que possam impulsionar as políticas públicas no Brasil.
A internet hoje no Brasil dispertou verdadeiras paixões. Nossos alunos estão encantados pelo o mundo digital. As crianças, jovens e adolescentes estão fascinados por toda essa era digital, mas são poucos os que verdadeiramente tem acesso a toda essa liberdade de conhecimento. Penso que o direito a internet só será possível para todos, quando ocorrer uma revolução social. A sociedade precisa travar uma luta contra a exclusão digital entre a população mais carente, construindo projetos que tragam benefícios para toda comunidade.

23 de ago. de 2009

Relação Família- Escola






Um dos grandes problemas da escola hoje é favorecer uma frequência sistemática dos pais em relação ao acompanhamento do processo de desenvolvimento dos seus filhos, a desculpa é sempre a mesma, a falta de tempo. Os pais na verdade tem se afastado das escolas de uma forma assustadora e transfere aos professores a responsabilidade de oferecer afeto, cuidar, zelar ...

A escola ao longo dos anos tem sofrido com diferentes crises, todas decorrentes da falta de apoio da família, essa ausência por sua vez tem prejudicado a qualidade do ensino , pois, o professor tem precisado desempenhar inúmeros papéis. A paletra ministrada por Ivan Farias ampliou extensamente nossa visão em relação ao tema, percebemos a complexidade do assunto e continuamos sem saber o que fazer para melhorar essa relação tão cheia de obstáculos.
Nesse contexto, penso que os pais passaram a ver a escola como um depósito de crianças, um lugar onde eles colocam seus filhos e fogem das suas responsabilidades. A escola por sua vez perdeu de vista o seu papel, com isso muitos problemas foram surgindo: Indisciplina, problema de aprendizagem, envolvimento, compromisso...

O s professores têm-se desdobrado para colaborar com a contrução da identidade sólida de seus alunos, comprometidos com a educaçpão e com as questões sociais desenvolvem projetos, buscam estratégias de inserir os alunos no meio social, enfim. A palestra com Ivan sobre relação família e escola nos mostrou que para que as coisas aconteça fluentemente nos espaços escolares é necessário que se faça uma parceria com a família, mas que fique bem claro a funçao de cada uma. Segundo Ivan " O papel da escola é deixar claro para os pais as questões pedagógica da escola, como a criança aprende etc ".

A paletra foi organizada em duas partes. A primeira fez-se uma esplanação do papel da escola, a definição da família, o que é função da escola, o que é função da família. A segunda parte falamos sobre a expansão da escola pública obrigatória, a desinstitucionalização da escola e da família. O fluxo informativo da palestra foi excelente, percebemos que os conflitos, os desafios, só serão resolvidos quando a escola estabelecer uma forte aliança com os pais .

Penso que a escola tem o desafio de possibilitar um ensino dinâmico, criativo para que os alunos construa sua identidade e reconheça que a escola é um espaço democraticamente aberto para que eles desenvolvam o senso crítico, sejam capazes de entender, aprender e diálogar para que suas possibilidades de aprendizagem sejam favorecida.

15 de ago. de 2009

Inclusão digital


Na verdade ainda não sabemos quais ações podemos viabilizar para que toda sociedade brasileira seja realmente incluida nessa nova era tecnologica, o que verdadeiramente conhecemos são as infinitas possibilidades que as tecnologias podem oferecer ao povo e a educação.

Nos primeiros trabalhos do GEAC de inclusão digital com Maria Helena Bonilla, um panorama de ideias, concepções, ações e projetos foram discutidos, vimos e ouvimos coisas que nos fizeram pensar em todo esse contexto tecnológico. Analisamos textos importantes que nortearam nossas ideias de inclusão, percebemos a fragilidade da palavra e descobrimos as dificuldades que um país enfrenta para realmente incluir a todos no mundo digital.

Enquanto professora penso que temos muito a contribuir para que ações significativas possam melhorar o ensino dentro das escolas com o uso das tecnologias, consciente das dificuldades e dos caminhos a serem pecorridos, creio que o primeiro passo seja realmente compreender os processos de manuseio da máquina para que posteriormente possamos usá-la em benefício da educação. Penso que quando realmente o direito a inclusão digital for garantido em todas as escolas estaremos proporcionando não apenas condições de acessabilidade e interatividade, mas acima de tudo estaremos oportunizando a construção coletiva de conhecimento, onde cada aluno se compromete e oferece o melhor de si.

12 de jul. de 2009

Reflexão sobre o ciclo dois.




Nossos pensamentos ganharam efervecência glamurosa, miserável ao degustamos o livro "A distância entre nós" de Thrity Umringar. Passeamos pelos capítulos e encontramos lágrimas, dores, amizade... Sera, Feroz, Bhima encheram nossos corações de emoção e desespero. Houve momentos que sentimos na pele a extensão da sensibilidade, a doença do preconceito e da violência.
Nesse ciclo o sol nasceu diferente. Com a mesma magia quente e iluminada, mas com a magnitude aflorada.
Colhemos flores extraordinárias.
Plantamos sementes que com certeza brotaram fortes e destribuiram frutos, alguns doces, outros amargos. Frutos deliciosos que sacia fome e enche nossos olhos de cores, formas...
Hoje mais um ciclo se encerra. Lá fora o céu estar orsilando entre um azul claro, nitído, esplêndido e um amontoado de nuvens que cobre sua beleza.
Faz frio, mas nossos corações estão aquecidos.
O calor é insuportável, mas nossas mãos estão geladas como um corpo sem alma que não mais transborda vida.
Estamos excitadas. O nosso inverno ganhou cor, vida e não apenas frio e ventania. Houve momentos que tropeçamos, caimos, mas levantamos a uma velocidade de 180km por hora.
Mais um espetáculo chega ao fim, mas o show continua no próximo ciclo.

ORIENTAÇÃO


Esse segundo ciclo foi muito mágico, tive a oportunidade de ser orientada por um ser humano muito especial que me ensino o valor de muitas coisas até então desconhecida. Aprendi com a simplicidade e a humildade de Rúbia Margarete a ver as coisas por todos os ângulos. Foi um grupo de orientação cheio de fantasias, sonhos, de cheiros, gosto, melodias... Aprendi que o caminho para a aprendizagem é fazer as coisas com amor e comprometimento. As aulas de orientação foi bastante diversificada, uma das coisas que mais gostei foi a canção de composição de John Lennon e Paul MC Cartney, interpretada por Rita Lee que diz:

Tem lugares que me lembra
minha vida, por onde andei,
As histórias, os caminhos
O destino que eu mudei...
Cenas do meu filme
Em branco e preto
Que o vento levou e o tempo traz
Entre todos os amores e amigos
De você me lembro mais...

Diário do ciclo dois


"Como professor devo saber que sem curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na busca, não aprendo nem ensino."

Paulo Freire.

Meu diário do ciclo dois teve o título a importância da reflexão, foi complicado a escrita desse diário por eu não saber realmente como queria escrevê-lo. As vezes as palavras me faltam, parece que tudo fica completamente branco, nossa memória falha por alguns momentos, mas no final do prazo tudo da certo, comecei meu diário do ciclo dois falando assim: Vivemos em uma época que refletir sobre nossas ações é garantir o progresso do próximo passo, mesmo que ele ainda seja meio acanhado. A reflexão nos garante a oportunidade de analisar e nos fornece coragem para melhorar o próximo passo. Refletir é importante porque nos faz ver com clareza as questões que temos que enfretar e nos possibilita uma avalição séria e compromissada sobre nossa atuação enquanto ser humano, profissional, alunos, pai, mãe... Durante todo o processo do segundo ciclo conhecemos muito bem o que é reflexão e sua importância. Reconhecemos que sem ela não é possível uma análise dos fatos, muito menos das ações realizadas.

Minhas Reminiscências


A memória é um estômago de ruminantes: as coisas vão e voltam.

Rubem Alves.

A escrita do meu memorial foi marcada por fortes sentimentos e escrevê-lo na verdade foi um dos maiores desafios da minha existência. No primeiro momento não abri todas as janelas para contar as rosas, muito menos os espinhos. Não flui entre os fatos, não me interroguei, não me provoquei, com a agônia da seleção sem emoção, apenas lembrei, escrevi, mas não refletir, não revivi.

O processo acadêmico da escrita narrativa e reflexiva, me fez reescrevê-lo de forma mais exuberante. A segunda versão do meu memorial tras episódios marcantes da minha história de vida.

O segundo encontro com minhas memórias trago a tona algumas das minhas dores, conquistas e vitórias.Como diz gonzaguinha na sua canção sangrando: Quando eu soltar a minha voz, por favor, entenda que palavras por palavras eis aqui uma pessoa se entregando coração na boca, peito aberto, vou sangrando, são as lutas dessa nossa vida que eu estou cantando.

29 de jun. de 2009

História de Vida




Competência em educação é mobilizar um conjunto de saberes para solucionar com eficácia uma série de situações”.

Philippe Perrenoud


Durante muitos anos vivemos amordaçados. Nossas Historias, experiências sempre foram ignoradas, na verdade éramos vistos como meros transmissores de conhecimento, porem não tínhamos identidade “não sabíamos” escolher, opinar, divertir e aceitávamos a imposição do “vizinho” que desconhecia plenamente o ambiente da sala de aula o qual o professor estava inserido.No processo do tempo, hoje compreendemos que muitas transformações estão acontecendo, o professor está reencontrando o verdadeiro sentido abrindo caminhos que favoreça a sua valorização enquanto profissional do ensino e principalmente enquanto ser que trás consigo historias e experiências dignas de ser ouvidas, narradas e contextualizadas com outros seres.Hoje o professor compreende que ele não é um simples poço perdido entre as rochas, mas um imenso oceano que trás no mais profundo de sua extensão mistérios, beleza, conhecimento, magia, reflexão, ação. Como afirma Tânia Ramos:


Reconhecer a dimensão humana da docência, incluindo as dificuldades do cotidiano escolar, é admitir a presença e aforça dos afetos na determinação da identidade do profes-sor e na sua atuação profissional.


Quando o ensino na sala de aula acontece de forma isolada, a escola sofre uma alteração gigantesca. Quando essa transparência no ensino permanece camuflada a escola como espaço coletivo funcionar de forma democrática, fica com a aparência de um peixe morto descamando e barbatanas quebradas incapaz de nadar e desvendar os mistérios mas profundo do oceano.Pensando nas complexidade desse contrabando do conhecimento entendemos que é preciso que todos os professores tenham um contato sistemático de partilha de troca. É preciso deixar que esse contrabando provoque reflexões produtivas e estimulantes, que sirva de paradigma para outras situações educacionais, profissionais que valorize ou inove essa sociedade educacional que ainda escondem sua ideologia, sua historia e oculta suas experiências.É possível que o professor se assuma sujeito desse processo, que tenha autonomia para narrar, para expor suas idéias. E possível que as escolas adotem uma postura entregadora no desenvolvimento destes sujeitos contribuindo para que esses momentos de socialização sejam realizados. É ainda possível que o espaço da escola se transforme em um palco ativado onde apresentem suas narrativas e evidencie a difícil e maravilhosa arte de suas experiências cotidianas reconhecendo-se como protagonistas da sua historia e da historia de todos que o cercam.Constatamos que os dois textos abordam uma ótica participativa do professor na construção de sua identidade, conseqüentemente os mesmos o defendem a historia de vida como acervo de conhecimento que podem e devem contribuir com a construção de outras historias na perspectiva da globalização do conhecimento.No decorrer de nossa leitura pudemos entender que nossas historias de vida não deve ficar guardadas em nossa memória, mas sem contextualizado, refletido e compartilhado.





REFÊRENCIAS


FORTUNA,Tânia Ramos. A dimensão humana da docência.Pátio,Porto Alegre,Artmed,ANO.XI nº42,p.8-11,mai/jun.2007.

LIMA,Eduardo e Marangon Cristiane. Os novos pensadores da educação. Nova Escola,São Paulo,Abril,Edição,154,p.18-25,agosto.2002.

"A Distância entre nós"

GELIT


Fiquei super envolvida pela obra de Thrity Umrigar, " A distância entre nós". O romance é apaixonante e retrata a vida e a cultura do povo indiano de forma complexa e exuberante. Os episódios dessa história na minha opinião é uma narrativa marcante, emocionante. O grupo de estudo literário (GELIT), foi muito proveitoso. Com a leitura e as discussões dos diferentes temas abordados no livro enriquecemos significativamente nossa identidade crítica e reflexiva. Também tivemos seminários, mesa redonda... O aprendizado foi ótimo. Eu, Euma, Ana Margarete, Delian, Eliana,Adair, Aleluia, apresentamos o seminário sobre preconceito social, com a seguinte programação:
19:00h Abertura;
19:20h Etimologia da palavra ;
19:40h Tipos de preconceito;
20:00h Brasil x Índia;
20:20h Sinésia x Escola Parque;
20:40h Hinduismo.
Finalizamos com a música Cidadão de Zé Ramalho.
Tá vendo aquele colégio moço
Eu também trabalhei lá
Lá eu quase me arrebento
Fiz a massa, pus cimento
Ajudei a rebocar
Minha filha inocente
Vem prá mim toda contente
"Pai vou me matricular"
Mas me diz um cidadão:
"Criança de pé no chão
Aqui não pode estudar"
Essa dor doeu mais forte
Por que é que eu deixei o norte
Eu me pus a me dizer
Lá a seca castigava
Mas o pouco que eu plantava
Tinha direito a comer...

27 de jun. de 2009

Relatório de pesquisa de campo


Universidade Federal da Bahia
Licenciatura em Pedagogia- Séries Iniciais
Projeto Irecê- Ciclo dois 2009.2
Cursistas- Simone Nunes, Edvânia José e Maria Delian
Professora- Maria Helena Bonilla



SOFTWARE LIVRE

Introdução



O presente relatório constitui uma tentativa de conhecer o movimento do software livre em Irecê na esfera pública e privada, assim como projetos e programas para uso de software livre descrevendo a identificação, as características e os objetivos de cada um, bem como sua articulação com outros projetos e políticas nos âmbitos estadual e federal.


A liberdade de usar um programa como o software livre nos proporciona a vivência em um espaço essencialmente colaborativo, por ser livre, ou seja, tendo o código aberto, podemos contribuir no processo de desenvolvimento. É gratificante saber que Irecê estar passando por um processo de avanço tecnológico visando á inclusão social e digital, porém sabemos que ainda há muito que fazer nas políticas de inclusão digital, democratizando e potencializando o acesso a todos.


Em busca de mais conhecimentos sobre o sofware livre, fomos ao Ponto de Cultura e conversamos com Rita Antunes e Ariston Eduão, os mesmos nos explicaram que conheceram o software livre no processo de formação da primeira turma dos alunos do curso de pedagogia da Universidade Federal da Bahia (UFBA), e hoje são adeptos do mesmo e trabalham no ponto de cultura e se sentem responsaveis pela dissiminação do slftware livre em Irecê e micro região. No ponto de cultura é usado o sistema operacional GNU/ Linux e as distribuições são: Ubuntu 8,04 e 8,10 e Ubuntu studio. O ponto de cultura é uma ação do governo federal e por ser pioneiro em nossa cidade desenvolve palestras, cursos, oficinas e dar assistências aos inforcentros e telecentros, além de oferecer formação técnica a jovens, que ao longo do processo de conhecimento se tornam monitores.

Em uma entrevista realizada com o senhor Carlos Ribeiro defensor do software livre e técnico da Empresa Baiana de Água e Saneamento, (embasa), descobrimos que o mesmo é conhecedor do software livre, porém notamos também que ele só observar as vantagens economicas que o programa pode gerar. Em sua entrevista Carlos Ribeiro afirma que conheceu o programa através de um curso promovido pela empresa e que sua migração se deu pelas possibilidades oferecidas pelo código aberto, que facilitou que a empresa pudesse adequar o sistema as necessidades da organização e por se gratuíto. Em dois anos já economizaram significativamente depois da instalação do mesmo. Ele ainda conclui que muitas empresas não aderiram ao software livre por medo de encarar o novo, pois os mesmos já estão acomodados com o software proprietário, mas que sua pespectiva é bastante positiva em relação ao progresso do programa, ele acredita que o software livre ainda vai dominar o mercado devido ao não pagamento de licença e pela vantagens econômicas que o programa é capaz de garantir aos cofres.


Segundo Rezende: Só tem a perder com o software livre quem consegue galgar posições monopolistas no modelo proprietário. O problema é que a ganância faz muitos acreditarem que serão os eleitos pelo deus mercado enquanto seguem correndo atrás de cenoura amarrada na ponta da vara que pende das suas carroças digitais não se importando com os efeitos colaterais de se tratar conhecimento como bem escasso, ao considerarem software como mercadoria.(2005,p.17).

Acreditamos que o software livre deva realmente dominar o mercado, mas não pelo simples fato de gerar econômia aos cofres e sim pelas inúmeras vantagens que o mesmo pode oferecer a toda sociedade inserida no mundo digital. Na verdade pensamos que estabelecer relações com o software livre seja uma maneira de quebrar as correntes que impede a partilha do conhecimento e dificulta a democratização do conhecimento.


Precisamos de pessoas conscientes de que o software livre pode nos abrir portas para diferentes caminhos tecnológicos. Em uma outra entrevista realizada na Escola Municipal Luíz Viana, tivemos conhecimento de que o Senhor Dino Estevão dos Santos é uma dessas pessoas que acreditam no software livre como uma possibilidade de construção de conhecimento coletivo. O infocentro dessa escola estar ligado a uma politíca pública do governo federal em parceria com o MEC, portanto todos os computadores chegaram com o programa operacional Linux educacional já instalado, a prefeitura de Irecê cedeu o espaço, os movéis e a mão de obra


O que queremos é que as boas idéias sejam utilizadas em benefício de todos, e que todos possam usufruir das idéias e das novidades da tecnologia e da ciência. (Cartilha 2005,p.21).


O Software Livre em nossa opinião é uma dessas boas idéias que devam ser utilizada para ajudar toda a população, principalmente dentro das escolas onde temos tantos seres em processo de construção de identidade e em busca de melhoria para sua vida. Enquanto educadores acreditamos que essas boas idéias devam chegar principalmente nas instituições de ensino para que alunos e professores possam realizar um processo de construção de conhecimento coletiva, onde todos ofereçam suas parcelas de contribuições.

A Escola Municipal José Franciso Nunes é hoje referência em inclusão digital. Nessa instituição alunos utilizam o programa de Software Livre. A escola conta com um centro inclusão digital com dez computadores que funciona na praça principal do povoado, implantado através do Ponto de Cultura e o tabulero digital.


Conclusão


"A estratégia não é obrigar a migração, mas dar condições para a migração tranquila”.
Marcos Mazoni



Diante do descobrimento das vantagens do Software Livre, percebemos que muitas pessoas ainda se recusam a fazerem a migração. Nossa expectativa é que a política pública sejam postas em prática e que as escolas e os bairros possam ser beneficiados e incluídos em um processo digital colaborativo. Pensamos que Irecê já deu um enorme passo, o Software Livre é uma realidade e as expectativas de multiplicação em todos os âmbitos são enormes, cremos ainda que tudo é uma questão de tempo e divulgação, embora a maior dificuldade seja a elaboração de projetos de implantação de Software Livre em empresas e algumas escola, já que as mesmas precisam de políticas públicas para se tornarem realidade.






REFERÊNCIA

(REZENDE apud CARTILHA...,2005,p.17)

CARTILHA DE SOFTWARE LIVRE, projetossoftwarelivre Bahia 2 edição abril de 2005.

Crônica em sala de aula

O trabalho com crônica foi muito legal, a professora Ruthildes nos explicou com detalhes a importância do trabalho com crônica na sala de aula. Escolhi a crônica "O porco" de Jô Soares, por ser uma crônica divertida, e resolvi trabalhar com ela na Escola Municipal São Pedro, os alunos gostaram muito e participaram da aula com comprometimento.O resultado foi maravilhoso, as reescritas das crônicas produzidas por eles ficaram super interessantes.

Os berros do presidente


Escola - Municipal São Pedro
Aluno - Anderson Teixeira dos Santos
Pró - Simone Nunes
Grupo - 10 b Reescrita da crônica


"O porco" de Jô Soares


O porco ele é muito porco, tem porco para comer e par guardar dinheiro, mas será que o presidente e os parlamentares gostam de chafurdar com o dinheiro do povo? Se eu fosse presidente eu nunca iria chafurdar, pois é lei não roubar dinheiro público. O presidente acha que só porque é presidente pode sair por ai gritando, falando mau das pesoas e ainda sair de limosine fazendo o que ele quer. Eu até que chafurdo, mas nós seres humanos devemos chafurdar na educação, no esporte e na cultura, jamais com a vida dos outros e com o dinheiro público, devemos ter espírito mas não de porco.

O presidente e todos que trabalham na política que me desculpe, mas chafurdar na lama, gritar e berrar é realmente coisa de quem tem espiríto de porco. Devemos chafurdar sim, mas não com a vida dos outros, nem com o dinheiro público, muito menos sair berrando como louco.

A feijoada da minha mãe


Escola Municipal São Pedro
Aluno Alesson de Sousa
Data 23-04-2009
Pró Simone


O presidente eos amigos dele de lá de Brasília pelo jeito que a professora leu o texto de Jô Soares gosta mesmo de chafurdar na lama igual aos porcos, onde já se viu um presidente gostar de se lamiar e ficar berrando. Ele deve deixar isso para nós que somos crianças e ficamos feliz quando brincamos na lama. Lugar de presidente, senadores e deputados é no trabalho melhorando a vida dos pobres.
Minha mãe gosta de fazer feijoada e buchada com carne de porco, o que eu mais gosto de comer do porco é as costelas e o pernil, mas eu tenho vontade mesmo é de comer um leitão assado igual a esses que passa no desenho do pica-pau ou nas novelas, bem que o presidente podia em vez de ficar berrando arrumar trabalho para os pobres, para eles comerem o que quiserem.

Reescrita da crônica "O porco" de Jô Soares

Escola Municipal São Pedro
Aluno Felipe Roberto de Jesus
Professora- Simone Nunes

Minha tia


A minha tia pensa que porco é igual a cachorro, pois ela coloca a porquinha na coleira e sai passeando pelas as ruas. Todos os dias, minha tia dar banho na porquinha, coloca talco, lacinho e depois coloca ela na caminha para dormir. Outro dia meus primos pegaram uma corda e amarraram no meu pé, depois amarraram no rabo da porquinha, bateram no seu bumbum e ela saiu correndo me puxando. Minha tia ficou com muita raiva e colocou meus primois de castigo.
Minha tia é muito legal. Seria bom se ela pudesse colocar coleira no presidente para ver se ele para de berrar e faz alguma coisa pelas crianças carentes que pede esmola na rua sem ter o que comer. Vou combinar com meus primos que quando a gente ficar grande a gente ir lá, até o presidente e os empregados dele amarrar a corda no pé e sair puxando até chegar no chiqueiro e enfiar a cara deles na lama, para eles saberem como é bom a vida dos porcos.

Plano de aula

Objetivos
* Proporcionar momentos de leitura
* Incentivar reescrita da crônica "O porco" de JÔ sOARES
* Discutir sobre a temática da crônica;
* Socializar a reescrita da crônica;

Conteúdos

* Leitura
*Incentivo a reescrita da crônica
* Socialização da reescrita, através de recital.

Desenvolvimento

Rotina

Primeiro momento destribuição da crônica "O porco" xerocopiada e roda de leitura silenciosa.
Segundo momento recital da crônica feita pela professora, seguida de discussões sobre a temática.
Terceiro momento incentivo a reescrita da crônica de acordo com a idéia de cada um sobre o que leram e ouviram.
Quarto momento socialização da reescrita em forma de recital.

Recursos

*Texto xerocado, lápis de cor, avental, fantoches, colher, panela, fita adesiva, piloto...

Avaliação

*Inicial- Levantamento dos conhecimentos prévios, quadro de meta cognição.
*Final- Reescrita da crônica

Instrumentos de avaliação

* Debate
* Registro dos alunos.

5 de jun. de 2009

EDUCAÇÃO AMBIENTAL





A atividade de Educação ambiental entre o local e o global foi um sucesso. O professor Marcelo Faria nos mostrou a evolução do mundo e as consequências dessas evoluções para o planeta. Gostei muito da atividade, a mesma só nos deixou antenados sobre as questões ambientais em nossa cidade e no mundo.

28 de abr. de 2009

VISITA A EMBASA


Carlos Ribeiro, é uns dos cidadãos Ireceence que usa e defende o software livre fielmente. Afirma, que a migração do software proprietário para o software livre, foi se deu pelas possibilidades oferecida pelo código fonte aberto, podendo a empresa adequar o sistema às necessidades da organização, principalmente de ser gratuíto, pois em 02 anos já economizaram muito depois da instalação do mesmo.

Conheceu o programa através de curso promovido pela empresa Embasa, "Empresa Baiana de Águas e Saneamento"com um exelente material didático em mãos puderam aprender com segurança. O técnico Carlos Ribeira diz acreditar que o software livre ainda vai dominar o mercado de programas, onde todos seraõ agraciados fazendo ecomias significativas para seus cofres. O mesmo acredito quee um dia não ouviremos mais falar em software proprietário ou software pirata.

Infelizmente muitas empresas ainda não reconhecem os inumeros beneficio que o software livre nos possibilita. Sabemos que não é facil encarar o novo, mas o novo se faz necessário a cada dia. Embasa também não foi facil, tivemos medo, dúvidas, insegurança, mas o produto final está sendo satisfatóriamente produtivo, economico e acessível.


Ponto de Cultura Livre

Em busca de conhecer mais sobre o software livre, fomos ao encontro de Ariston Eduão, coordenador do Cibeparque Anísio Teixeira, o qual nos forneceu valiosas informações sobre o projeto de inclusão digital em Irecê, que o ponto de cultura e o tabuleiro digital, foi o ponto de partida, são projetos de inclusão sociodigital que vai além da utilização geralmente atribuída ao termo, que projeto privilegia o pleno entendimento sobre os novos processos que caracterizam a essência da cultura digital, em que o acesso à Internet em banda larga, que é a peça chave para seu movimento.


O projeto Tabuleiro Digital, com o apoio do Ciberparque montam os telecentros com cerca de 10 computadores cada, todos operacionalizados com sistemas Livres, com uma hora diária de internet para cada usuário, com a parceira da Secretaria Municipal de Educação e do (gilix) -Grupo Irecê linux. Ariston deixa clara em sua fala a satisfação em fazer parte do processo de inclusão de jovens carentes da nossa sociedade nesa era totalmente global e digitalizada. O mesmo espera que todo esse beneficio possa um dia chegar a todos os bairros de Irecê e assim nossa cidade ser uma cidade digitalmente livre.

Bairro São Francisco incluso na Era Digital


Ao realizar a entrevista na Escola Municipal Luiz Viana Filho, tivemos conhecimento que a mesma foi contemplada em 2008 com um infocentro, com disponibilidade de 10 computadores, todos com o Sistema Operacional Linux Educacional instalado. O monitor Dino Estevão, conheceu o programa e aprendeu a fazer uso no Ponto de Cultura e Tabuleiro Digital,onde recebeu as primeiras informações participando de capacitação como Agente Cultura Viva e atuando como voluntário por dois anos. A escola recebeu o infocentro através do proinfo "Programa do Governo Federal" em parceria com o MEC e Secretaria Municipal de Educação. Este rapaz morador de bairro periférico compreende a importancia da política do software livre em nossa cidade, e diz está disposto a levantar a bandeira de divulgação em prol do mesmo. Dino afirma que seus usuários, professores e alunos não sentiram dificuldade para trabalhar com o software livre, e que a cada dia demontram crescimento no manuseio e que esses usuários hoje, sente-se incluso no mundo digital, contando também com um telecentro para uso da comunidade em geral, onde a mesma se encontra desativada temporariamente por falta de espaço, mas acredita que esse problema logo será solucionado, pois o mesmo acredita no bom senso dos políticos da nossa cidade.

9 de abr. de 2009

Reflexão: Inclusão digital e software livre

As tecnológias estão ganhando um espaço enorme na nossa sociedade atual. Esse novo cenário tem gerado debates constantes entre educadores, políticos e a sociedade em geral.
Irecê já aderiu a esse novo cenário tecnologico através do projeto Irecê, no qual os "políticos inteligentes" da nossa cidade interessaram pela elaboração de políticas públicas voltadas para implantação do software livre na cidade de Irecê, através do ciberparque que foi o ponta pé inicial. Hoje nossa cidade já deu outros passos significativos nessa nova era digital, implantando telecentros em alguns bairros e os infocentros em algumas escolas municipais objetivando ações integrada de inclusão para o desenvolvimento de ações colaborativas do software livre, com o objetivo de constribuir com a construção de uma cidadania justa e igualitária.
Com todo esse movimento de inclusão digital, percebo que muitas ações precisam ser viabilizadas para que toda sociedade se inclua nesse processo tecnologico, visto que o maior problema de inclusão digital estão localizados nos bairros periféricos que ainda não foram beneficiados. Sabemos também que essas ações de beneficiamentos são lentas, burocráticas e depende muito das políticas públicas federais, municipais e estaduais. Acredito que nós enquanto sociedade e educadores podemos desenvolver ações coletivas para que essa população mais carente dos bairros periféricos sejam beneficiadas rapidamente. Conhecer o problema e ficar esperando apenas as providências do governo basta.

6 de jan. de 2009

"Erva daninha", o mal da minha gente

Minha terra é conhecida nacionalmente como terra do feijão, localizada na zona fisiográfica da chapada Diamantina. Sua população é de aproximadamente 62.676 habitantes, um povo guerreiro e esperançoso.
Minha gente é assim: Carente, esquecida, excluída. A maioria dos jovens da minha comunidade vê a vida através de um cigarro de maconha, são vitímas do descaso social. A fome, a desestruturação familiar, o abandono político acompanham a comunidade do Baixão de Sinésia há alguns anos.
É indiscutível, mas nos últimos anos a única coisa que tem brotado nesse cenário árido é a "erva daninha" das drogas que tem destruido e marginalizado nossos adolescentes. Cenas chocantes acontecem todos os dias: mortes, roubos, prostituição, aliciamentos, tráficos... Conscientemente, faço-me diversas perguntas, mas apenas uma permanece insistentemente. De quem é a culpa? Penso que todos são reféns dessa sociedade capitalista, brutal e desumana, que discrimina, marginaliza e destrói a vida dos nossos jovens que sem nenhuma perspectiva criam um caos violento na sociedade.
Relatório divulgado em 2007 pelo Escritório das Nações Unidas contras as drogas e crime, indica que cerca de 160 milhões de pessoas entre quinze e sessenta e quatro anos fumam maconha.
É comum observar hoje como a maioria dos jovens encontra no tráfico uma alternativa de sobrevivência. Desconfortavelmente presenciamos a maconha, a cocaína, a bebida destruindo muitas famílias.
Sem dúvida é no mínimo curioso como as drogas tem virado epidemia entre os jovens, não só nas favelas como nos centros urbanos, escolas e universidades.
Está clara a fragilidade da nossa gente diante dessa realidade, não fomos habilitados para gerenciar essas situações, não entendemos as causas, e por isso, jovens, crianças e adolescentes marginalizam-se e matam. Mata você, eu, nossas famílias, eles mesmos. Somos todos reféns. Elite dos marginais, marginais da elite, do sistema, do governo...
O tráfico tem feito muitas vítimas, diariamente inúmeras famílias têm sido abraçadas pelas armadilhas de um inferno de sombras e alucinações. As bombas estão sendo criadas, várias explosões já aconteceram; assassinatos, vandalismo, sequestros. Não dá mais para sentar nos bancos da praça e contemplar o por do sol ou sentir a brisa suave roçar nossas faces, nossas casas mais parece presídios com grades por todo lado.
Parece-me que todos estão engajados em resolver inúmeras questões em nossa terra, mas ninguém se pronuncia sobre alternativas que dêem um fim ás bocas de fumo e á violência, assim as gangues vão se formando, as crianças e adolscentes experimentam dólar de maconha, embriagam-se de cocaína todos os dias.
Parece-me que a sociedade, mesmo apavorada, adormeceu. Educadores, coordenadores, diretores fogem dessa realidade, os políticos foram teletransportados ao mundo do faz de conta e suas metas de governo passam longe desse panorama.
Finalizando, gostaria de deixar claro que necessitamos romper as barreiras do "tô nei ai" e abrir portas da inclusão social, garantindo que nossa gente se descubra protagonista de suas próprias vidas.

Segundo lugar no concurso literário de 2008. Simone Nunes