27 de jun. de 2009

Relatório de pesquisa de campo


Universidade Federal da Bahia
Licenciatura em Pedagogia- Séries Iniciais
Projeto Irecê- Ciclo dois 2009.2
Cursistas- Simone Nunes, Edvânia José e Maria Delian
Professora- Maria Helena Bonilla



SOFTWARE LIVRE

Introdução



O presente relatório constitui uma tentativa de conhecer o movimento do software livre em Irecê na esfera pública e privada, assim como projetos e programas para uso de software livre descrevendo a identificação, as características e os objetivos de cada um, bem como sua articulação com outros projetos e políticas nos âmbitos estadual e federal.


A liberdade de usar um programa como o software livre nos proporciona a vivência em um espaço essencialmente colaborativo, por ser livre, ou seja, tendo o código aberto, podemos contribuir no processo de desenvolvimento. É gratificante saber que Irecê estar passando por um processo de avanço tecnológico visando á inclusão social e digital, porém sabemos que ainda há muito que fazer nas políticas de inclusão digital, democratizando e potencializando o acesso a todos.


Em busca de mais conhecimentos sobre o sofware livre, fomos ao Ponto de Cultura e conversamos com Rita Antunes e Ariston Eduão, os mesmos nos explicaram que conheceram o software livre no processo de formação da primeira turma dos alunos do curso de pedagogia da Universidade Federal da Bahia (UFBA), e hoje são adeptos do mesmo e trabalham no ponto de cultura e se sentem responsaveis pela dissiminação do slftware livre em Irecê e micro região. No ponto de cultura é usado o sistema operacional GNU/ Linux e as distribuições são: Ubuntu 8,04 e 8,10 e Ubuntu studio. O ponto de cultura é uma ação do governo federal e por ser pioneiro em nossa cidade desenvolve palestras, cursos, oficinas e dar assistências aos inforcentros e telecentros, além de oferecer formação técnica a jovens, que ao longo do processo de conhecimento se tornam monitores.

Em uma entrevista realizada com o senhor Carlos Ribeiro defensor do software livre e técnico da Empresa Baiana de Água e Saneamento, (embasa), descobrimos que o mesmo é conhecedor do software livre, porém notamos também que ele só observar as vantagens economicas que o programa pode gerar. Em sua entrevista Carlos Ribeiro afirma que conheceu o programa através de um curso promovido pela empresa e que sua migração se deu pelas possibilidades oferecidas pelo código aberto, que facilitou que a empresa pudesse adequar o sistema as necessidades da organização e por se gratuíto. Em dois anos já economizaram significativamente depois da instalação do mesmo. Ele ainda conclui que muitas empresas não aderiram ao software livre por medo de encarar o novo, pois os mesmos já estão acomodados com o software proprietário, mas que sua pespectiva é bastante positiva em relação ao progresso do programa, ele acredita que o software livre ainda vai dominar o mercado devido ao não pagamento de licença e pela vantagens econômicas que o programa é capaz de garantir aos cofres.


Segundo Rezende: Só tem a perder com o software livre quem consegue galgar posições monopolistas no modelo proprietário. O problema é que a ganância faz muitos acreditarem que serão os eleitos pelo deus mercado enquanto seguem correndo atrás de cenoura amarrada na ponta da vara que pende das suas carroças digitais não se importando com os efeitos colaterais de se tratar conhecimento como bem escasso, ao considerarem software como mercadoria.(2005,p.17).

Acreditamos que o software livre deva realmente dominar o mercado, mas não pelo simples fato de gerar econômia aos cofres e sim pelas inúmeras vantagens que o mesmo pode oferecer a toda sociedade inserida no mundo digital. Na verdade pensamos que estabelecer relações com o software livre seja uma maneira de quebrar as correntes que impede a partilha do conhecimento e dificulta a democratização do conhecimento.


Precisamos de pessoas conscientes de que o software livre pode nos abrir portas para diferentes caminhos tecnológicos. Em uma outra entrevista realizada na Escola Municipal Luíz Viana, tivemos conhecimento de que o Senhor Dino Estevão dos Santos é uma dessas pessoas que acreditam no software livre como uma possibilidade de construção de conhecimento coletivo. O infocentro dessa escola estar ligado a uma politíca pública do governo federal em parceria com o MEC, portanto todos os computadores chegaram com o programa operacional Linux educacional já instalado, a prefeitura de Irecê cedeu o espaço, os movéis e a mão de obra


O que queremos é que as boas idéias sejam utilizadas em benefício de todos, e que todos possam usufruir das idéias e das novidades da tecnologia e da ciência. (Cartilha 2005,p.21).


O Software Livre em nossa opinião é uma dessas boas idéias que devam ser utilizada para ajudar toda a população, principalmente dentro das escolas onde temos tantos seres em processo de construção de identidade e em busca de melhoria para sua vida. Enquanto educadores acreditamos que essas boas idéias devam chegar principalmente nas instituições de ensino para que alunos e professores possam realizar um processo de construção de conhecimento coletiva, onde todos ofereçam suas parcelas de contribuições.

A Escola Municipal José Franciso Nunes é hoje referência em inclusão digital. Nessa instituição alunos utilizam o programa de Software Livre. A escola conta com um centro inclusão digital com dez computadores que funciona na praça principal do povoado, implantado através do Ponto de Cultura e o tabulero digital.


Conclusão


"A estratégia não é obrigar a migração, mas dar condições para a migração tranquila”.
Marcos Mazoni



Diante do descobrimento das vantagens do Software Livre, percebemos que muitas pessoas ainda se recusam a fazerem a migração. Nossa expectativa é que a política pública sejam postas em prática e que as escolas e os bairros possam ser beneficiados e incluídos em um processo digital colaborativo. Pensamos que Irecê já deu um enorme passo, o Software Livre é uma realidade e as expectativas de multiplicação em todos os âmbitos são enormes, cremos ainda que tudo é uma questão de tempo e divulgação, embora a maior dificuldade seja a elaboração de projetos de implantação de Software Livre em empresas e algumas escola, já que as mesmas precisam de políticas públicas para se tornarem realidade.






REFERÊNCIA

(REZENDE apud CARTILHA...,2005,p.17)

CARTILHA DE SOFTWARE LIVRE, projetossoftwarelivre Bahia 2 edição abril de 2005.

Um comentário:

Bonilla disse...

Olá grupo,
vocês adotaram a lógica da tesoura para fazer a correção do relatório. Em lugar de arrumar os problemas, retiraram várias coisas. Uma pena!!!
O texto ficou claro, fluente, mas poderia ter sido mais incrementado.
um abraço