30 de mai. de 2010

Os pareceres do diário



Infelizmente, não dá nem para explicar como me sinto diante dos pareceres, os sentimentos oscilam bastante. O coração bate a uma velocidade máxima, as pernas trêmulas perdem a coordenação, a boca fica seca, as mãos gelam. O que sei é que os pareceres na minha ótica são verdadeiras provocações, pois é o momento que alguém nos faz refletir sobre tudo que escrevemos. Para mim, os pareceres do processo e do produto são belos convites de superação que nos desafiam a fazer o registro de uma escrita autoral e reflexiva. Por Deus! Cada parecer que recebo me faz travar uma deliciosa batalha comigo mesma em busca de respostas para as perguntas inquietantes.


Os pareceres que recebo transformam-se em munição. As mesmas são guardadas com muito cuidado, isso significa que serão usadas como armas poderosíssimas nas construções dos próximos diários. Segundo Mariana Fonseca (2007, p. 29), “Por meio da escrita, o sujeito torna-se capaz de produzir algo novo, ainda não dito”. Os pareceres me possibilitam a construção dessa escrita inusitada, reflexiva, nova... Eles são verdadeiras armas na luta por uma escrita menos sangrenta, cheia de lacunas, erros ortográficos, problemas gramaticais, concordância... Só não vence a batalha quem realmente tem medo de desafiar a si mesmo.


Gosto de sofrer transformações. Fico fascinada com os processos de aprendizagens aos quais somos submetidas. Lido muito bem com tudo que favorece o meu crescimento. As criticas sempre foram degrau de superação na minha vida, sejam elas boas ou ruins. As informações contidas nos pareceres dos diários recebidos durante esses três ciclos nunca foram montanhas intransponíveis, acredito que a forma que olhamos para as montanhas é que as deixam inacessíveis. Os pareceres de diário que recebi, desde o primeiro ciclo foram de excelente ajuda, em nenhum momento fui refém do medo, do descaso, da intolerância.




Referência:

GOMES, Mariana Fonseca de Mendonça. Presença pedagógica, v. 13 n. 78 nov/dez 2007.

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